MILAGRE

Pois nada é impossível para Deus (Lucas 1.37).

Milagre: a pequena enciclopédia bíblica O. S Boyer, traduz da seguinte maneira “Sucesso que se não explica por causas naturais é propriamente obra de Deus”.
Eu Pr Gilson Paiva e minha esposa Maria do Carmo Paiva somos casados há 15 anos e há 13 anos somos pastores da igreja Batista Nacional Betel. Consideramos – nos abençoados por Deus no ministério e no casamento, pastoreamos uma igreja linda que tem demonstrado muito amor e consideração por nós.
Como todo casal que quando se casam esperam ter filhos, assim era a nossa expectativa. Porém, a minha esposa com 12 anos de idade passou por uma cirurgia e o médico retirou um dos seus ovários. Depois de algum tempo, em um exame médico foi constatado que o ovário que tinha ficado ainda estava com muitos cistos, dificultando a realização dos nossos sonhos. Por cinco anos não buscamos ajuda médica especializada em reprodução humana, mas estivemos orando e esperando no Senhor Jesus Cristo. Deus não respondeu as nossas orações durante este tempo.
No ano de 2000 a nossa angústia e ansiedades aumentaram a ponto de pensarmos em adotar uma criança, porém, todas as tentativas de adoção foram frustradas. Então decidimos recorrer à medicina que foi outra frustração. Foram várias as tentativas de engravidar. Tentativas essas que não chegavam nem mesmo a uma inseminação, pois não havia ovulação. Depois de anos de persistência no tratamento, houve a primeira inseminação. Estávamos muito confiantes e esperávamos a gravidez com muitas expectativas, foi feito tudo como o médico pediu os remédios solicitados, repouso e tudo mais. No entanto, para a nossa tristeza, mas uma tentativa frustrada. Contudo não deixamos de persistir no tratamento. Desde a primeira inseminação até 2007 a minha esposa não ovulou mais. Era necessário ovular para que fossem possíveis novas tentativas de inseminação.

SOFRIMENTO

Ser uma esposa que não gera filhos sempre foi motivo de sofrimento, lamentação, vergonha e em alguns casos até divórcio. Hoje fica mais fácil entender o riso de desespero de Sara (Gn 18.12); A oração silenciosa de Ana (1Sm 1.10); A alternativa apaixonada de Raquel, que queria filhos ou morrer (Gn 30.1); E o grito de Isabel, quando Deus tirou - lhe o seu opróbrio (Lc 1.25). Neste contexto acreditava – se que o dom de poder gerar filhos, indicava a benção e não poder ter filhos por causa da esterilidade indicava maldição ou ser esquecida por Deus.
Ser estéril constituía desonra extrema vergonha e infâmia. Por isto a sua oração era: “Lembra-te de mim ó Deus, age em meu favor”.
Sofrimento, amargura e tristeza, de Ana, Raquel, e Isabel, ilustram o que minha esposa sentia. Foram tantas vezes em que eu chorei porque não agüentava o sofrimento dela. Todas as vezes que as jovens da Igreja casavam e logo nos primeiros anos engravidavam, ela deprimia-se e chorava muito. Seus sites favoritos eram sites de mulheres grávidas ou de mulheres que também sofriam, por não poder engravidar. Os programas de televisão que falavam de reprodução humana eram seus preferidos. Uma vez, ela me perguntou em lágrimas: “Meu filho, quando envelhecermos quem vai cuidar de nós?” Eu a abracei e disse: “ O mesmo que tem cuidado de nós até hoje, Deus”.

FÉ ABALADA

Neste ponto, gostaria que minha esposa relatasse com as suas próprias palavras:
Dia 11 de março, domingo à noite, o meu esposo pastor Gilson pregou sobre o tema: A fé em crise. O assunto foi introduzido e logo fiquei incomodada quando ele disse: “quando temos uma crise na fé o que fazemos logo, revela o nosso nível de fé a respeito de Deus”. “A fé é a confiança de que o que Deus falou ou prometeu, vai acontecer”. Deus estava falando comigo claramente. Naquele momento eu estava fragilizada e sem força, por causa do tempo de espera, das frustrações e decepções com as limitações da medicina. Eu estava compreendendo o que Deus estava falando para mim: “A tua fé está em crise”. Analisei e concordei com Deus, na verdade eu tinha fé em relação a algumas coisas, e em relação a outras a minha fé não era o suficiente para Deus fazer o que eu mais desejava: Um filho. Na noite do dia 12 do mesmo mês, Deus falou comigo novamente, agora em sonho. Neste sonho meu pai (no sonho pai biológico) pegava minha mão e andava comigo em um passeio. Ele me falava de muitas coisas, e uma destas coisas foi: “Minha filha, eu troco tuas vestes de tristeza por vestes de louvor e retiro de ti a tua vergonha”. Acordei e cheguei à conclusão: Deus estava falando comigo e fortalecendo a minha fé. A minha tristeza e a minha vergonha era o fato de não poder ser mãe.
Dia 13 do mesmo mês sonhei outra vez, meu pai passeava comigo, ele pegava uma cobra bem grande abria a boca dela e me falava: “ Olha minha filha, esta cobra não pode mais te fazer nenhum mal eu retirei todo o seu veneno, ela não pode mais te ferir”. Confesso que foi tremendo, meu pai falando comigo pela segunda vez.

NO LIMITE

A minha esposa sofria e o sofrimento dela, me fazia sofrer também. Eu orava e falava ao senhor: somos bem sucedidos em tudo, só nesta situação não temos visto o seu agir. Mas enfatizávamos para o senhor que independente de termos filhos ou não, continuarei te amando e te servindo, mas alivia o sofrimento de minha esposa e o meu.
Nos últimos dias que antecederam o milagre a minha esposa caiu num isolamento de três dias. Chorava de tristeza, não queria ver ninguém. Eu estava arrumando as malas para viajar e isso me deixou preocupado. “Entrei no quarto, ela sentou na cama chorando e eu disse a ela: “filha você tem que reagir” e ela dizia:” não tenho força e nem ânimo”. Ali demos as mãos e choramos juntos na presença do senhor e oramos agradecendo a Deus dizendo: “A nossa esperança está no senhor, nos ajuda”. Pensei em cancelar a viagem, não queria deixa – la só.
Para que eu não cancelasse a viagem ela resolveu ir comigo, durante cinco dias de viagem eu tentava alegrar o seu coração, mas não foi possível. Para ajudar a relaxar ela tomava comprimido e só assim conseguia dormir mais tranqüila. Chegamos ao limite.

ATO PROFÉTICO E O MILAGRE

Muitas pessoas oravam por nós e torciam para que tivéssemos filhos. No dia das mães e dos pais ficávamos tristes, mesmo rodeados de filhos espirituais.
Deus entra para mudar a nossa história, em novembro de 2007, uma de nossas 12, irmã (Elizabeth) sonhou que a minha esposa estava grávida e quando acordou Deus falou para ela: “Levanta intercessoras e ora para que esta visão se torne realidade”. No outro dia ela me procurou e contou o que ouviu e pediu para que eu liberasse para que pudesse recrutar umas 20 mulheres para uma campanha de 21 dias de jejum e oração. Eu a disse: “Fique a vontade, faça conforme o que Deus está lhe falando”. Vinte mulheres foram chamadas para participar da campanha. Todas as tardes elas oravam, na Igreja. Foi feita uma escala de jejum e durante os 21 dias, começaram a orar e jejuar. Deus estava falando: “O milagre já foi liberado no céu, mas é necessária uma atitude (um ato profético) aqui na terra para que o milagre se materialize (Hb 11.1)”.
Entre as mulheres que participaram deste ato profético estava minha sogra, nova convertida, que foi resgatada pelo poder de Deus das garras da macumba e da idolatria, uma mulher de muita fé.
Vendo estas mulheres se reunindo todos os dias, lembrei-me da história de Jesus e o centurião. Jesus, quando viu a fé do centurião disse: “digo – lhes a verdade: Não encontrei em Israel ninguém com tamanha fé (Mt 7.10)”. Está mesma fé estava sobre estas mulheres.
Durante a campanha Deus falava com elas e as direcionavam nas orações. Eram reuniões sobrenaturais. No último dia da campanha, um ato profético foi realizado, cada mulher que participava da campanha levou uma peça do enxoval do bebê. E fizeram uma escala de quem iria ficar com a pastora no hospital e em casa quando ela chegasse do hospital. Todas as vezes que vou falar desta parte fico arrepiado e me emociono muito. Neste exato momento estou chorando e as lágrimas molham o papel. Porém, vamos para a melhor parte, em janeiro ela sentiu que sua visita de todos os meses estava atrasada e logo fomos para os exames, que constataram para nossa alegria, ela estava grávida! Deus é tremendo e maravilhoso! Neste exato momento que estou escrevendo ela já está com sete meses e algumas semanas. Milagre.

ALEGRIA

A nossa alegria é muito mais do que sorrir motivado por uma boa piada, é muito mais do que felicidade que é proveniente de circunstâncias externas. É um sentimento profundo, agradável e centralizado em Jesus Cristo, que nos deu graça nos momentos difíceis e nos confortou e nos ajudou para que os problemas não interferissem no nosso serviço ao senhor e nem deixou que murmurássemos e ofendêssemos o seu coração. O nosso prazer e alegria no senhor é muito maior (Fl 4.4). No momento o nosso cântico é: (desejo do meu coração) do ministério toque no altar.
Quando a gravidez foi confirmada, as primeiras pessoas a saberem foram: os nossos pastores Pr. Luis Gonzaga e pastora Socorro Paiva, nossos pais na fé que estimamos e respeitamos muito a unção que estar sobre a vida deles. E que tem nos dado ferramentas poderosas para o nosso ministério. As segundas pessoas a saberem foram às mulheres que oraram e jejuaram durante 21 dias, os canais por onde passou o milagre.
As terceiras pessoas que ficaram Sabendo foi a Igreja, neste dia a Igreja foi sacudida pelo poder de Deus com a noticia. Seria para nós, muito difícil contar para a Igreja o que tinha acontecido e como tinha acontecido, estávamos muito emocionados com o que ocorreu. Convidamos os nossos pastores para dar a noticia à Igreja, ninguém saberia fazer isto melhor do que eles, eles estavam alegres com a nossa alegria. “Chegou à hora da Igreja saber, quando o pastor Luis Gonzaga e pastora Socorra Paiva disseram: “ Nós vamos colocar as nossas mãos onde tem uma grande benção e colocaram as mãos na barriga de minha esposa, e disseram: aqui tem um bebê”. A Igreja foi tomada pela presença de Deus, uns cantavam, outros pulavam, outros gritavam, assoviavam e outros choravam. Todos foram impactados grandemente com a noticia.
A previsão para o nascimento do bebê é até o dia 30 de Agosto de 2008. Está sendo feito o pré – natal com muito cuidado. A médica que esta acompanhando a pastora, confessa que foi um milagre, ela disse que a cirurgia que foi feita ninguém merece. Pois para engravidar só se fosse um milagre, graças a Deus que milagre é possível. O bebê chama – se Hadassa Vitória.

O NOME HADASSA.

Hadassa (H tem som de R) significa: Murta.
Hadassa (murta) "também significa: Será para vocês uma testemunha daquilo que eu fiz, será um sina! eterno, que nunca desaparecerá." Is. 55.13
Murta é uma planta verde da palestina e algumas chegam à altura de 10 metros.
As folhas serviam de remédio; Os seus ramos serviam para a construção de tendas na festa do tabernáculos Neemias 8.15; As flores cheirosas desta planta eram usadas para fazer perfumes.
As referencias bíblicas falam da murta como o símbolo da generosidade divina. "Plantarei árvores no deserto: cedros, acácias, murtas e oliveiras; nas terras secas, farei crescer pinheiros, junto com os zimbros e ciprestes." ls.41;19. "Onde agora só há espinheiros crescerão ciprestes, murtas aparecerão onde agora só cresce o mato. Isso será para vocês uma testemunha daquilo que eu fiz, será um sinal eterno, que nunca desaparecerá." Is. 55.13
Zacarias numa visão que simbolizava paz viu um bosque de murta Zc.1.8-11.
Alguns pesquisadores por falta de uma pesquisa mais apurada atribuem o mesmo significado do nome Ester a Hadassa. O que não tem fundamento, são dois nomes distintos com significados totalmente diferentes.
Hadassa é um nome judaico que tem o significado Murta (uma planta).
Ester é um nome de origem Persa (Babilônica) que significa estrela, a maioria dos historiadores associa com a deusa babilônica istar. Os persas costumavam trocar os nomes das pessoas que eram levados cativos para a babilônia. Foi assim com Daniel (Deus é o meu juiz) que passou a ser chamado Beltessazar (deus que protege o rei, era uma divindade padroeira de Babilónia). Hananias (Yahweh tem sido gracioso) passou a ser chamado Sadraque (um nome babilônico que era dado em homenagem a tamuz deus babilônico da morte e ressurreição).
Misael (Quem é igual a Deus?) passou a ser chamado Mesaque (deus desconhecidos),
Azarias (A quem Jeová fortalece) passou a ser chamado Abedenego (nebo, um deus de sabedoria da Babilônia).
Hadassa quando foi levada para o cativeiro da Babilônia recebeu outro nome, Ester.


Pr Gilson dos Santos Paiva e Pra Maria do Carmo Paiva
Igreja Batista Nacional Betel/ Teresina - Piauí/ zona norte.

(86) 3213 8415 / 8808 2197